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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Capítulo V: O Retorno da Legião Ardente - O Retorno de Arquimonde e Fuga para Kalimdor

Uma vez refeito o necromante, Arthas liderou o Flagelo em direção ao sul, rumo a Dalaran. Lá o lich obteria o poderoso grimório de Medivh e o usaria para trazer Arquimonde de volta ao mundo. A partir de então o próprio Arquimonde iniciaria a invasão final da Legião. Nem mesmo os teurgos do Kirin Tor sucederam em impedir as forças de Arthas de roubar o livro de Medivh, e não se passaria muito tempo até que Kel'Thuzad tivesse tudo o que era preciso para realizar seu feitiço. Após dez mil anos, o poderoso demônio Arquimonde e suas hostes se ergueram uma vez mais contra Azeroth. Mas Dalaran não era seu destino final. Sob as ordens do próprio Kil'jaeden, Arquimonde e seus demônios seguiram o Flagelo até Kalimdor, pretendendo destruir Nordrassil, a Árvore do Mundo.

Em meio ao caos, um solitário e misterioso profeta surgiu para guiar as raças mortais. Este profeta não era ninguém menos que Medivh, o último guardião que como por milagre regressara do Além para se redimir pelos pecados que cometera. Medivh alertou a Horda e a Aliança sobre os perigos que enfrentavam e urgiu que se unissem. Desgastados por gerações de ódio, os orcs e humanos não lhe deram atenção. Medivh foi forçado a lidar com as duas raças separadamente, usando profecias e toda sorte de truques para guiá-los além-mar, às terras lendárias de Kalimdor. Os orcs e humanos logo encontraram a civilização oculta dos Kaldorei.

Os orcs, liderados por Thrall, sofreram uma série de revezes em sua jornada através dos Sertões de Kalimdor. Apesar de terem se tornado amigos de Caerne Casco Sangrento e seus guerreiros taurens, muitos orcs sucumbiram ao sangue demoníaco que durante muitos anos os havia atormentado. O mais importante tenente de Thrall, Grom Grito Infernal, chegou a trair a Horda, deixando-se levar por seus instintos mais primitivos. Grito Infernal e seus leais guerreiros Brado Guerreiro penetraram as florestas do Vale Gris e cruzaram armas com as sentinelas elfas noturnas. Certo de que os orcs haviam readquirido seus costumes beligerantes, o semideus Cenarius investiu contra Grito Infernal para expulsar os orcs. Mas Grito Infernal e seus orcs, tomados por um ódio e uma fúria sobrenaturais, mataram Cenarius e corromperam as florestas ancestrais. No fim, Grito Infernal redimiu sua honra ao ajudar Thrall a derrotar Mannoroth, o lorde demônio que amaldiçoara os orcs com seu sangue repleto de ódio e fúria. Com a morte de Mannoroth, a maldição sobre o sangue dos orcs finalmente se extinguiu.

Enquanto Medivh tentava convencer orcs e humanos de que era necessário forjar uma aliança, os elfos noturnos lutavam contra a Legião por seus próprios meios. Tyrande Murmuréolo, a Alta-sacerdotisa imortal das Sentinelas, travava uma batalha desesperada para impedir os demônios e mortos-vivos de tomar as florestas do Vale Gris. Tyrande percebeu que precisaria de ajuda, e, assim, partiu para despertar os druidas noctiélficos de seu sono de dez mil anos. Invocando seu antigo amor, Malfurion Tempesfúria, as forças de Tyrande se fortaleceram e sucederam em rechaçar a Legião. Com a ajuda de Malfurion, a própria natureza se ergueu para subjugar a Legião e o Flagelo.

Enquanto buscava outros druidas em hibernação, Malfurion encontrou a antiga cripta em que havia aprisionado seu irmão, Illidan. Convencida de que Illidan os ajudaria a lutar contra a Legião, Tyrande o libertou. Apesar de ter, de fato, ajudado a princípio, Illidan acabou fugindo em busca de seus próprios interesses.

Os elfos noturnos se muniram de coragem e determinação e lutaram contra a Legião Ardente. O desejo da Legião pela Nascente da Eternidade, origem da força da Árvore do Mundo e o próprio coração do reino noctiélfico, não havia arrefecido. Se tivessem sucedido em sua investida contra a árvore, os demônios teriam despedaçado o mundo.

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