Ciente de que a destruição da Nascente significaria nunca mais poder manipular magia, Illidan, num arroubo de egoísmo, abandonou o grupo e alertou os altaneiros sobre o plano de Malfurion. Devido à insanidade causada pelo vício e ao ressentimento pela relação de seu irmão com Tyrande, Illidan não sentiu remorso algum em trair Malfurion e se aliar a Azshara e seus séquito. Acima de tudo, Illidan jurou proteger o poder da Nascente a qualquer custo.
Com o coração partido pela partida do irmão, Malfurion liderou os companheiros até o coração do templo de Azshara. Ao invadir a câmara de audiência principal, encontraram os altaneiros executando o sombrio encantamento final. O feitiço comunal produziu um vórtice instável de poder nas profundezas turbulentas da Nascente. A sombra imponente de Sargeras se aproximava cada vez mais da superfície, e Malfurion e seus aliados se lançaram ao ataque.
Azshara, advertida por Illidan, estava mais do que preparada para o embate. Quase todos os seguidores de Malfurion pereceram frente aos poderes da rainha insana. Tyrande, ao tentar atacá-la pelas costas, foi surpreendida pelos guardas pessoais da rainha. Embora os tenha sobrepujado, terminou gravemente ferida. Ao ver sua amada ao chão, Malfurion foi arrebatado por um ímpeto assassino e decidiu dar fim à vida de Azshara.
A guerra consumia o interior e o exterior do templo quando Illidan emergiu das sombras às margens da grandiosa Nascente. Tendo confeccionado um conjunto de recipientes especiais, ele ajoelhou-se e encheu cada um com as águas brilhantes da Nascente. Convencido de que os demônios esmagariam a civilização noctiélfica, ele planejava roubar a água sagrada e guardar a energia para si.
O decorrer da batalha entre Malfurion e Azshara lançou ao caos o feitiço cuidadosamente trabalhado dos altaneiros. O vórtice instável nas profundezas da Nascente explodiu, provocando uma reação em cadeia que dividiria o mundo para todo o sempre. A explosão colossal fez ruir o templo, lançando terremotos por toda a terra torturada. A terrível batalha entre a Legião e os elfos noturnos prosseguiu ao redor e acima da capital arruinada até que as águas cintilantes ascenderam e caíram sobre a própria Nascente, destruindo-a.
A catastrófica explosão fez partir a terra e manchar os céus.
Como consequência da implosão da Nascente, o esqueleto do mundo se partiu e as feridas abertas foram invadidas pelo mar. Quase oitenta por cento da superfície terrestre de Kalimdor foi fragmentada, deixando apenas um punhado de continentes separados em torno do mar violento que surgira. No centro do novo mar, onde antes havia a Nascente da Eternidade, restou uma tempestade tumultuosa de vagas furiosas e energias caóticas. A terrível cicatriz, conhecida como Voragem, não cessaria jamais seu turbilhão furioso, uma recordação permanente da terrível catástrofe... e da utopia perdida para todo o sempre.
De alguma forma, a Rainha Azshara e sua elite de altaneiros conseguiram, contra todas as expectativas, sobreviver ao ordálio. Torturados e corrompidos pelos poderes que haviam liberado, Azshara e seus seguidores foram arrastados para o mar voraz pela implosão da Nascente.
Amaldiçoados e transformados, eles se tornaram as odiosas e serpentinas nagas. Tamanha fúria fez Azshara se expandir e tornar uma monstruosidade gigantesca, refletindo a malícia e a perversidade que sempre mantivera oculta em seu interior.
Nas profundezas da Voragem, as nagas construíram uma nova cidade, Nazjatar, de onde reconstruiriam seu poder. Mais de dez mil anos se passariam até que as nagas revelassem sua existência ao mundo da superfície.
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